sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Por que os presbiterianos batizam crianças?
Quando Deus fez um pacto com Abraão, incluiu seus filhos na aliança, e determinou que fossem todos circuncidados (Gn 17,1-14). A circuncisão, na verdade, era o selo da fé que Abraão tinha (ver Rm 4-3,11 com Gn 15, 6), mas, mesmo assim, Deus determinou-lhe que circuncidasse Ismael e, mais tarde, Isaac, antes de completar duas semanas (Gn 21, 4). Abraão creu e o sinal da sua fé foi aplicado à Isaac, mesmo quando este ainda não podia crer como seu pai. Mais tarde, quando Moisés aspergiu com o sangue da aliança as tábuas da Lei dada por Deus, aspergiu também todo o povo presente no monte Sinai, incluindo obviamente as mães e seus filhos de colo (Hb 9, 19-20).
Paulo, ao refletir sobre a história de Israel e ao mencionar a passagem dos israelitas pelo Mar Morto, diz que todo o povo foi batizado com Moisés, na nuvem e no mar inclusive as crianças, é claro, pois havia milhares delas (1 Co 10.1-4). Não é de se admirar, portanto, que Pedro, no dia de Pentecostes, ao chamar os ouvintes ao arrependimento, à fé em Cristo e ao batismo, disse-lhes que a promessa do Espírito Santo era para eles e para seus filhos (At 2.38-39). E não é de admirar que os apóstolos batizavam casas inteiras em suas viagens missionárias: Paulo batizou Lídia e toda sua casa (,At. 16.15). A Peshito, versão siríaca do Novo Testamento que data provavelmente dos fins do 2º século, traduziu a passagem que registra o batismo de Lídia, do seguinte modo: “Ela foi batizada e as crianças de sua casa”.
O carcereiro e todos os seus (At 16.3233), a casa de Estéfanas (1 Co 1.16). É verdade que não se mencionam crianças nessas passagens, mas o entendimento mais natural de "casa" e "todos os seus" é que se refira à família do que creu e fica difícil imaginar que, se houvesse crianças, elas teriam sido excluídas.
Os Cristãos Reformados entendem que o batismo deve ser aplicado, então, a todos aqueles com quem Deus estabeleceu seu pacto de graça, mais claramente, com os crentes em Cristo e também com seus filhos. È importante enfatizar que não há um texto bíblico explícito que determine o batismo infantil. Por outro lado não se diz que somente adultos devem ser batizados.
Premissa Maior
Todos participantes no pacto da graça devem receber o sinal de tal pacto.
Premissa Menor
As crianças, filhos dos crentes são também participantes do pacto da graça.
As crianças, filhos dos crentes devem também receber o sinal do pacto da graça. Se as duas premissas são verdadeiras, a conclusão é incontestável. E é isso o que a confissão descreve como “conseqüência boa e necessária”.
A única forma de evitarmos o batismo infantil dos filhos dos crentes é se negarmos uma dessas verdades. Poucos negariam a premissa maior, mas dispensacionalistas claramente negam a premissa menor. Eles afirmam que as crianças filhos de crentes nunca foram participantes do pacto da graça. Uma vez que, durante a era do Antigo Testamento, eles participavam da nação de Israel e recebiam o sinal de sua participação no pacto - a circuncisão. Mas, dizem eles (dispensacionalistas), que crianças não participam do pacto da graça, porque esse pacto existe somente a partir do Novo Testamento. Uma vez que não existe um texto que ordena o batismo infantil, então não se deve fazer. Entretanto, o pacto da graça existe durante as duas eras (AT e NT), e os filhos dos crentes eram obviamente participantes do pacto durante o Antigo Testamento. Deus determinou isso (ver Gen. 17:10). Agora, uma vez que Deus não alterou seu pacto (Salmo. 89:34), nós não nos surpreendemos que não haja um texto no Novo Testamento indicando que os filhos dos crentes que eram participantes do pacto, agora já não são mais. Ao contrário, Colossenses 2:11 e 12 traçam um paralelo especifico, entre batismo e circuncisão; aqueles que eram então circuncidados, que sejam agora batizados. E Atos 8:12 mostra que o novo sinal da aliança foi dada as mulheres assim como aos homens.
O Batismo é um sacramento totalmente passivo, partindo de nosso ponto de vista. Isso não significa que em todos os aspectos da aplicação da salvação prometida no pacto da graça, o individuo batizado seja totalmente passivo. Eles (ou elas) são verdadeiramente ativos em seu processo de conversão e santificação. Ao invés disso, o que realmente significa é que o individuo batizado e não se auto-batiza. Os Pais não batizam seus filhos. Falando diretamente, nem mesmo o ministro (pastor, igreja...) os batiza, no sentido de efetuar algo. Nós não fazemos nada no batismo; ao invés disso, Deus faz algo. Ele, através do cumprimento de um mandamento pela igreja, dá uma identidade a crianças, jovens e velhos, de sua família do pacto, os alvos de sua graça e de todas suas maravilhosas bênçãos.
Símbolos e rituais mudaram, mas é a mesma Igreja, o mesmo povo. O Sábado tomou-se em Domingo, a Páscoa, em Ceia, e a circuncisão, em batismo. Os crentes são chamados de "filhos de Abraão" (Gl 3, 7, 29) e a Igreja de "o Israel de Deus" (Gl 6, 16). Não é de se admirar que Paulo chame o batismo de "a circuncisão de Cristo" (C12.11).
Do mesmo jeito que vc leva seu filho para tomar uma vacina de poliomelite aos 2 meses de idade, vc também deve leva-lo para batizar, pois sabe que ambos são para o bem dele.
Pedro explica o que no ocorre no batismo quando diz, arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo (At 2,38). Porém, ele não faz restrição a este ensinamento apenas aos adultos. Ele acrescenta, pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus (v.39). E também lemos, Levanta-te. Recebe o batismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome (At 22,16). Este mandamento é universal, não restrito a adultos. Além do mais, estes versículos tornam clara a necessária conexão entre o batismo e a salvação, uma conexão explicitamente mencionada por Pedro, que diz, esta água prefigurava o batismo de agora, que vos salva também a vós, não pela purificação das impurezas do corpo, mas pela que consiste em pedir a Deus uma consciência boa, pela ressurreição de Jesus Cristo (1Pd 3,21). (At 16,33) S.Paulo batizou o carcereiro convertido: "Naquela hora da noite (o carcereiro) lavou-lhes as chagas e imediatamente foi batizado ele e toda a sua família".Como no caso acima, assim também na ocasião do batismo de Lídia e de Estéfanas, Paulo menciona que Lídia recebeu o batismo "com todos os de sua casa"; (At16,14-15) e " batizei a família de Estéfanas" (ICor 1,16), onde certamente , não faltavam crianças pequenas.
No entanto, se é verdade que a Bíblia não diz de batizar as crianças, também em nenhum momento diz que somente os adultos devem ser batizados.
Claro que os primeiros batizados foram de adultos, mas, uma vez que estes passam a viver a fé, eles também a pedem para os seus filhos (como no caso da circuncisão). A Bíblia mostra isso. São Paulo batizava famílias inteiras (At. 16,15. 33). Ora, se são famílias inteiras, ele deixaria as crianças para trás?
A linguagem do Novo Testamento é perfeitamente coerente com uma continuação da administração orgânica da aliança, que exigia a circuncisão das crianças, Mt 19.14; Mc 10.13-16; At 2.39; 1 Co 7.14. Ademais, o Novo Testamento fala repetidamente do batismo de famílias, e não dá indicação de que isto seja considerado fora do comum, mas, antes, refere-se a esse fato como natural, At 16.15, 33; 1 Co 1.16.
È, por certo, inteiramente possível, mas não muito provável, que nenhuma dessas famílias tivesse crianças. E se havia crianças, é moralmente certo que eram batizadas junto com seus pais. O certo é que o Novo Testamento não contém nenhuma prova de que pessoas nascidas e criadas em famílias cristãs não possam ser batizadas antes de chegarem à idade da discrição e de haverem professado sua fé em Cristo. Não há a mais ligeira alusão a alguma prática desse tipo.
Testemunho da historia
Nos primeiros quatro séculos da Era Cristã encontramos total unanimidade acerca dessa matéria. Há numerosos testemunhos de pais e apologistas dos primeiros séculos Igreja que falam da importância do batismo das crianças. Policarpo, Justino, Irineu, Orígenes, Hipólito, Cipriano, Basílio, Gregório e Agostinho defenderam o batismo infantil.
O batismo infantil sempre foi praticado na igreja cristã. As igrejas Grega, Armeniana, Nestoriana e Absinia, que nunca aceitaram a autoridade de Roma, sempre batizaram crianças.
Policarpo foi ministro (bispo) discípulo direto do Apóstolo João, e na sua Apologia defendia o batismo de infantes.
Justino o Mártir (89-166), contemporâneo de João o Apostolo em sua "Primeira Apologia" (150 d.C), afirma que no batismo, "muitos homens e mulheres se tornaram discípulos desde crianças, sendo que foram batizadas ainda infantes” (15:6).
Isso significa que no contexto histórico apostólico e pós apostólico que é o período que compreende de 50 a 180 depois de Cristo, isto é: 130 anos de história da Igreja e, portanto o período dos apóstolos e seus discípulos diretos em que a Igreja batizava crianças. Justino em seu "Diálogo com Trifo" (160 d.C), diz que o batismo é uma "Circuncisão Espiritual" e que adultos convertidos e suas crianças deveriam ser batizados (43:2).
Hipólito (169-235), em sua obra “Tradição Apostólica” (215 d.C), recomenda: "Sejam batizadas, primeiramente as crianças".
No século II a patrística trata o batismo infantil com naturalidade: Irineu de Lião ( 202) considera óbvia, entre os batizados, a presença de "crianças e pequeninos" ao lado dos jovens e adultos (Contra as Heresias II-24,4). Irineu foi batizado quando era criança, por isso referiu-se ao batismo infantil como um sacramento válido e necessário para iniciar os filhos dos cristãos primitivos.
Orígenes foi escritor eclesiástico, teólogo e comentarista bíblico. Viveu em Alexandria até 231; passou os últimos 20 anos de sua vida em Cesaréia Marítima, na Palestina, e também viajando pelo Império Romano. Foi o maior mestre da doutrina cristã da antiguidade clássica da Igreja e de sua época e exerceu uma extraordinária influência como intérprete da Bíblia. O testemunho de Orígenes é de capital importância, não apenas porque como os outros primeiros teólogos da Igreja nos explica a razão de ser necessário batizar as crianças, mas pelo seu testemunho explícito de que este foi um costume ou tradição recebido pela Igreja diretamente dos Apóstolos.
Orígenes, com sua pena, confirma, de antemão, aquilo que a arqueologia comprovaria ao encontrar evidências de batismos de crianças pela Igreja primitiva. “A Igreja recebeu dos Apóstolos o costume de administrar o batismo inclusive às crianças, pois aqueles a quem foram confiados os segredos dos mistérios divinos” (In. Rom. Com. 5,9: EH 249). Afirma Orígenes (185 - 255) que ele mesmo teria sido batizado quando criança. Em uma tradução mais antiga de sua obra diz: "A Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar batismo também aos recém-nascidos". (Epist. ad Rom. Livro 5, 9). Estes recém nascidos seriam as crianças de um a oito dias de idade.
Outro testemunho de singular importância temos também graças à grande obra da Igreja Primitiva intitulada “Tradição Apostólica”. Esta obra foi escrita por Hipólito a qual é uma das mais antigas e importantes constituições eclesiásticas da Antiguidade (foi escrita por volta do ano 215 A.D). Nela encontramos instruções específicas acerca da administração do batismo por aspersão bem como consta a prática de batizar crianças e como em razão da fé dos pais poderiam ser batizadas. Seria a pratica dos dois primeiros séculos da Igreja, que ainda vivia sob o contexto apostólico, ou seja, ainda viviam os discípulos diretos dos apóstolos. A obra diz:
“Sejam batizadas primeiramente as crianças”, diz mais: “Ao cantar o galo, se começará a rezar sobre a água, seja a água que flui da fonte, seja a que flui do alto. Assim se fará, salvo em caso de necessidade. Portanto, se houver uma necessidade permanente e urgente, se empregará a água que se encontrar. Se desnudarão e se batizarão primeiro as crianças. Todas as que puderem falar por si mesmas, que falem; quanto às que não puderem, falem por elas os seus pais ou alguém da sua família. Se batizarão em seguida os homens e, finalmente, as mulheres [...] O bispo ao impor-lhes as mãos, pronunciará a invocação: 'Senhor Deus, que os fizeste dignos de obter a remissão dos pecados através do banho da regeneração, fazei-os dignos de receber o Espírito Santo e envia sobre eles a tua graça, para que te sirvam obedecendo a tua vontade. A Ti a glória, Pai, Filho e Espírito Santo, na Santa Igreja, agora e pelos séculos. Amém” (Tradição Apostólica 20,21).
Cipriano, em 258, adverte: "A graça do batismo não deve ser apartada de ninguém e especialmente das crianças". (Carta a Fido). Segundo Cipriano, era costume no século III, se batizar crianças depois do terceiro dia do nascimento. Ele registra na sua obra que um sínodo do Norte da África determinou que era permitido batizar as crianças "já a partir do segundo ou terceiro dia após o nascimento" (Epístola 64 de Cipriano).
Todos os Sínodos regionais até o V século determinava segundo a tradição cristã oriunda dos apóstolos o batismo de crianças recém nascidas. Vejam:
O Sínodo de Elvira (306-312 d.C) recomenda: "As crianças devem receber o batismo".
Em 418, o Concílio de Cartago declara: "Também os mais pequeninos, mesmo que não tenham ainda podido cometer pessoalmente algum pecado, são verdadeiramente batizados" (Dz.-Sch., Enquirídio, nº 223).
Os pais da igreja de um modo geral sempre aceitaram o batismo infantil como uma prática vinda desde os tempos apostólicos e pelo menos 9 dentre 12 pais da igreja, o aceitaram, como defenderam. Foram eles: Policarpo, Justino, Irineu, Orígenes, Hipólito, Cipriano, Basílio, Gregório e Agostinho.
Agostinho, Bispo de Hipona e doutor da Igreja, é reconhecido como um dos quatro doutores mais primorosos da Igreja Latina. Nasceu em 354 e foi bispo de Hipona por 34 anos.
Na época de sua conversão aos trinta anos ele fora batizado por Ambrósio juntamente com duas crianças. Uma era seu filho Adeodato, e a outra Alípio.
Combateu duramente todas as heresias, inclusive a de Tertuliano quando este proibira batizar crianças em sua comunidade. Sobre o batismo infantil diz: “O batismo dos filhos de pais cristãos com efeito, desde que foi instituída a circuncisão no povo de Deus – que então era o sinal da justificação pela fé – esta teve valor por significar a purificação no antigo testamento também para as crianças, da mesma forma como o batismo começou a ter valor também para a renovação do homem desde o momento em que foi instituído. Não que antes da circuncisão não houvesse justiça alguma pela fé – pois o próprio Abraão, pai das nações que seguiriam a sua mesma fé, foi justificado pela fé, mesmo sendo todavia incircunciso – mas porque o sacramento da justificação pela fé esteve totalmente escondido nos tempos mais antigos. Porém, a mesma fé no Mediador salvava os antigos justos, pequenos e grandes” (Do Matrimônio e da Concupiscência 2,11,24).
Calvino usa os seguintes argumentos: “O Senhor disse expressamente que a circuncisão que se administra às crianças lhe servirá de confirmação do pacto que temos exposto. Se, pois, o pacto permanece sempre o mesmo, é de todo certo que os filhos dos cristãos não são menos participantes dele do que foram os judeus do AT. E se participam da realidade significada, por que não lhes a de ser comunicado também o sinal.” Estes argumentos expressos por Calvino no Livro IV, cap. XVI das Institutas, podem ser vistos como a defesa da fé apostólica e histórica contra os argumentos dos anabatistas eram os mesmos que hoje são usados contra as Igrejas que batizam crianças, mas ao grande teólogo de Genebra não faltaram textos bíblicos para justificar aquela prática.
“Alguns espíritos mal-intencionados se levantam contra o nosso hábito de batizar crianças, como se essa prática não tivesse sido instituída por Deus, mas se tratasse de algo inventado pelos homens recentemente, ou ao menos pouco tempo depois dos apóstolos. Em face disso, achamos que, por dever de ofício, é preciso confirmar e fortalecer, nesse ponto, as consciências fracas e refutar as falsas objeções dos enganosos oponentes, com as quais eles poderiam perverter a verdade de Deus no coração das pessoas simples, não suficientemente preparadas para contestar suas astúcias sutis e hipócritas.” "Assim como os filhos dos judeus eram chamados linhagem santa, porque eram herdeiros da aliança e eram separados dos filhos dos incrédulos e dos idólatras, assim também os filhos dos cristãos são chamados santos, ainda que só o pai ou a mãe seja crente."
Para justificar o batismo infantil, não basta encontrar textos bíblicos para provar a prática, muito menos encontrar subsídios históricos (mais precisamente entre os reformadores). Precisamos, sim, alcançar e autenticar um conceito de Igreja que inclua os filhos de pais crentes.
Todavia, existe uma verdade aqui a declarar: O batismo infantil não salva a criança, bem como não salva o adulto. Todos adultos e crianças quando estas chegarem a idade da razão terão de exercer fé pessoal em Cristo Jesus. As crianças não serão salvas pela fé de seus pais, pois como existem muitos adultos desviados do caminho do Senhor embora foram batizados, assim tambem muitas crianças batizadas na infançia quando adultas desviaram ou desviam do caminho do Senhor. Se, ao crescer, uma criança que foi batizada resolver desviar-se dos caminhos em que foi criada, é da sua inteira responsabilidade, assim como os que foram batizados em idade adulta, e que se desviam depois.
O Capítulo V “Dos principios de Liturgia” da CI da Igreja Presbiteriana na parte que trata sobre o batismo de crianças diz:
Art.11 - Os membros da Igreja Presbiteriana do Brasil devem apresentar seus filhos para o batismo, não devendo negligenciar essa ordenança.
§ 1º - No ato do batismo os pais assumirão a responsabilidade de dar aos filhos a instrução que puderem e zelar pela sua boa formação espiritual, bem como fazê-los conhecer a Bíblia e a doutrina presbiteriana como está expressa nos Símbolos de Fé.
§ 2º - A criança será apresentada por seus pais ou por um deles, no impedimento do outro, com a declaração formal de que desejam consagrá-la a Deus pelo batismo.
§ 3º - Os menores poderão ser apresentados para o batismo por seus pais adotivos, tutores, ou outras pessoas crentes, responsáveis por sua criação.
§ 4º - Nenhuma outra pessoa poderá acompanhar os pais ou responsáveis no ato do batismo das crianças a título de padrinho ou mesmo de simples testemunha.
Pode se concluir que a recusa de batizar as crianças se deu no século III com Tertuliano que tal proibição foi considerada uma heresia e depois no século XVI com os anabatistas , precursores dos batistas.
Rev. Mauro Ferreira - Manual de Doutrinas e Práticas Presbiterianas
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ResponderExcluirImpressionante para os Doutores Presbiterianos, detentores das tabuas do sínodo de dort, crerem em algo sem base bíblica e o mais triste, trabalhar em cima de achismo, apliquei a exegese, que foi ensinada por vocês mesmo no texto a seguir.
ResponderExcluir“arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo (At 2,38)”. Pode uma criança se arrepender de algo que nem ela nem entende? Isso se chama defender um erro para não colocar em xeque a Calvino, como se fosse ele o escritor da bíblia e como se as doutrinas ensinadas fossem dele e não da bíblia. Infelizmente a nós mortais só nos resta chorar por uma defesa tão mal embasada levando muitos presbiterianos ao ridículo, de defender algo tão mal embasado #sola scriptura
vC DIS NÃO EXISTIR BASE BÍBLICA PARA O BATISMO DE CRIANÇAS,E A ÁRVORE DE NATAL TEM?
ExcluirAcho estranho....onde está escrito "pacto da graça " na biblia? e que o batismo é isto?
ExcluirAcho estranho....onde está escrito "pacto da graça " na biblia? e que o batismo é isto?
ExcluirAmei sua réplica! 👏👏👏�Amemarcel
ExcluirMarcelo Oliveira.
Marcelo, não se tira doutrina de um evento ocorrido na história. Pedro está pregando para adultos que após teriam de iniciar os seus na fé cristã. Um exemplo disso é a comunhão da igreja, onde se vendia tudo o que se possuía e distribuía a quem tinha necessidade. Isto significa que uma doutrina da "doação" deva ser insttuída; e que vc deve vender todos os seus bens e doá-los para a igreja? Fatos históricos isolados não promovem doutrinas. Este evento de Atos não está nos indicando as etapas sequenciais da fé. Mas tão somente o que a pessoa que ouve o evangelho deve fazer: arrepender-se e entrar no pacto da graça por meio do batismo. Não necessariamente nessa sequencia. A passagem fala de ser batizado para remissão de pecados. É isso o que texto quer dizer? Se for assim só se é perdoado se praticares o batismo, aí até a convicção dos antipedobatistas se complica...
ExcluirA cegueira calvinista perdura e se alicerça em mentes vacilantes e sem conhecimento da sola escritura. Nela está explicitada" Aquele que crer e for batizado será salvo" Marcos 16:16. Onde uma criança infante pode crer? Continuam a defender as heresias de Calvino. Triste isso!!
ResponderExcluirSe a Criança não pode responder ao evangelho,então ela está condenada?
ExcluirOpa! Só será salvo se for batizado? Tem que crer e ser batizado para ser salvo? ....
ExcluirÉ uma pena Rocildo, que todas as crianças que morrem vão para o inferno não é? Logo elas não creem!
ExcluirApós uma explanação tão detalhada é interessante notar que as pessoas preferem viver de apenas dois versículos que falam do batismo de arrependimento. Queridos, se examinassem de fato as Escrituras saberiam que o próprio Senhor Jesus declara que o reino dos céus pertence aos pequeninos e,sendo assim,por que negar-lhes o batismo? Assim como a circuncisão, o batismo é a confirmação de que aquele que se batiza pertence ao povo eleito de Deus. Shalom!
ExcluirA cegueira calvinista perdura e se alicerça em mentes vacilantes e sem conhecimento da sola escritura. Nela está explicitada" Aquele que crer e for batizado será salvo" Marcos 16:16. Onde uma criança infante pode crer? Continuam a defender as heresias de Calvino. Triste isso!!
ResponderExcluirtriste é ver pessoas que acham que suas atitudes é que façam delas merecedoras da salvação, sendo que a salvação é dom gratuito de Deus. independe de suas atitudes. isto é soberania de Deus. triste tambem pessoas acharem que seu modo de batizar seja o correto e outro não. como se isto limitasse o poder de Deus sobre as pessoas. triste tambem, pessoas que dizem conhecer as escrituras, não aceitarem que nascemos em pecado, e que o batismo se torna um sinal de nossa separação pra Deus, compromisso de que fazemos parte desta nova familia. como um registro de nascimento, em que colocamos um sobrenome em um filho, independente de sua vontade, ele agora pertence a esta familia. e pra fechar estas listas de tristezas, pessoas chamarem de heresias aquilo que não concordam ou não entendem, se colocando assim como detentores da verdade. triste....,
ResponderExcluirÉ tão mais fácil assim:
ResponderExcluirVocê não crê que a aliança de Deus inclui sua família, não batize seus pequenos. Se você crer que a aliança é para vc e seus filhos, batize, pois o batismo é o símbolo que aquela pessoa pertence a família de Cristo!
Se não crer, não batize e nem dê palpite! Até porquê essas igrejas evangélicas que não batiza, já tem muito mais problema doutrinários para tratar, do que ficar metendo bedelho na doutrina de uma igreja séria como a Presbiteriana!