sexta-feira, 11 de setembro de 2015

SOCIEDADE CALVINISTA



De acordo com a Bíblia, que papel a lei mosaica tem na vida do crente da atualidade? Não podemos chegar a uma resposta que glorifique a Deus e que seja teologicamente correta, se não levarmos em consideração a completitude e a complexidade do testemunho do Novo Testamento e da diversidade do uso que faz da palavra “lei”. O Novo Testamento não nos oferece uma resposta fácil e sem dificuldades para essa questão. Mesmo assim, podemos descobrir a resposta de forma clara e segura por meio do estudo cuidadoso.Algumas passagens do Novo Testamento parecem advogar uma atitude positiva em relação à lei do Antigo Testamento. Paulo afirma que “a Lei é santa, e o mandamento é santo, justo e bom” (Rm 7.12); ele cita a lei do Antigo Testamento como garantia de autoridade para os juízos éticos (e.g., 1Co 9.9; Ef 6.1,2). Paulo escreveu abertamente: “No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus” (Rm 7.22). Tiago ensina que os seus leitores fazem bem em obedecer à “lei do Reino”, e os adverte para que não desobedeçam a nenhum aspecto dela (Tg 2.8-10); de acordo com ele, a nossa função é sermos praticantes da lei, não juízes dela (4.11,12). Pedro desafia os crentes a viverem vidas santas baseadas nas exigências da lei (1.15,16), e João identifica cumprir a lei tanto com conhecer a Deus quanto com amá-lo. (1Jo 2.3,4; 5.3; 2Jo 6). De alguma maneira importante para a vida cristã, a lei do Antigo Testamento é incontestavelmente mantida pelos autores do Novo Testamento. Não obstante esses endossos da lei, o Novo Testamento também fala da lei de forma negativa e parece descartá-la. Paulo declara: “Eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus” (Gl 2.19). Ele não se considera como estando “debaixo da Lei” (1Co 9.20). Os seus leitores “não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça”; aliás — “fomos libertados da Lei” (Rm 6.14; 7.6). Em outro texto, Paulo diz que Cristo aboliu “a Lei dos mandamentos expressa em ordenanças” (Ef 2.15). De alguma maneira, isso é vital para a mensagem do evangelho e, por isso, a lei do Antigo Testamento é indisputavelmente confrontada pelos autores do Novo Testamento.Essa ambivalência e aparente contradição na postura do Novo Testamento em relação à lei do Antigo Testamento começa a ser esclarecida e resolvida, quando Paulo declara em 1 Timóteo 1.8: “Sabemos que a Lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada”. O testemunho infalível de Paulo é que não deve haver dúvida sobre o fato de que a instrução moral contida nos mandamentos da lei do Antigo Testamento é inerentemente boa. As exigências éticas da lei não refletem nada mais do que a santidade, a justiça e a bondade do próprio Deus (1Pe 1.15,16; v. Rm 6.18,22 com 7.12 14). Paulo afirmou que “a Lei é espiritual” (Rm 7.14), para que os que vivem “segundo o Espírito” cumpram de fato a ordenança da lei, ao passo que “a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus” (Rm 8.4,7).Visto que a lei é uma “cópia” do caráter de Deus, a reação da pessoa à lei é a reação da pessoa ao próprio Deus. Portanto, as prescrições morais da lei precisam ser vistas como algo positivo.No entanto, a excelência da lei é manchada se for usada de uma forma contrária à intenção de Deus. Paulo qualifica sua afirmação categórica a respeito da excelência da lei ao acrescentar: “se alguém a usa de maneira adequada”. A lei precisa ser usada de acordo com sua natureza, direção e intenção. Isso obviamente implica que as pessoas podem fazer mau uso da lei podem interpretá-la e usá-la de forma contrária aos propósitos de Deus.Nesse caso, a lei seria pervertida em algo contrário à sua natureza e intenção, tornando-a má e ímpia. Esse tipo de uso da boa lei de Deus é condenado aberta e repetidamente nas páginas do Novo Testamento. Qual seria esse uso ilícito da lei? Nós o encontramos na atitude dos fariseus e judaizantes que promoviam o mérito próprio diante de Deus, ao realizarem obras da lei.Foi o orgulho indescritível e o auto-engano que fez com que os judeus confiassem na lei e se sentissem seguros de que possuíam na lei “a expressão do conhecimento e da verdade”, que os tornou mestres autojustificados que ensinavam aos outros (Rm 2.17-21), quando na verdade aqueles que “se orgulha[m] da Lei” eram evidentemente culpados de transgressão da lei e desonram a Deus (v. 23,24). Os fariseus estavam cegos pela obsessão de se justificar diante das pessoas (Lc 16.15), confiando em si mesmos que eram de fato justos (Lc 18.9); eles achavam que já não precisavam de um Salvador assim como uma pessoa sadia não precisa de médico (Mt 9.12,13). Mesmo assim, Deus conhecia profundamente o coração deles; independentemente das aparências exteriores de justiça, eram interiormente corrompidos, cheios de iniqüidade e espiritualmente mortos (Mt 23.27,28). Ao tentarem estabelecer a sua própria justiça, esses judeus não podiam se submeter à justiça genuína de Deus (Rm 10.3).Nos primeiros dias da igreja cristã, surgiu um partido entre os fariseus que se negou a abandonar esse uso perverso e ilícito da lei de Deus e não reconheceu a forma em que a realização redentora de Cristo tirara de cena aquelas porções da lei que prefiguravam sua pessoa e obra. Por conseguinte, as pessoas dessa linha de pensamento queriam obrigar os gentios a viverem “como judeus” (Gl 2.14; literalmente, “judaizá-los”). Os judaizantes insistiam em que os gentios não podiam ser salvos se não fossem circuncidados e se não cumprissem os aspectos distintivos da aliança da lei de Moisés (At 15.1,5).A graça precisava ser complementada pelas obras da lei, ou seja, por meio de submissão autojustificadora às cerimônias judaicas.Para Paulo, essa atitude dos fariseus e judaizantes em relação à lei mosaica não era estranha ou desconhecida, pois essa era sua mentalidade antes da conversão. Ele fora criado como fariseu em relação à lei (Fp 3.5), e, como ele mesmo diz: “Fui instruído rigorosamente por Gamaliel na lei de nossos antepassados” (At 22.3). O seu testemunho era: “No judaísmo, eu superava a maioria dos judeus da minha idade, e era extremamente zeloso das tradições dos meus antepassados” (Gl 1.14). Ele sabia o que significava orgulhar-se da lei (v. Rm 2.17-20,23). Da perspectiva de um homem que está espiritualmente morto, Paulo afirmou certa vez que “quanto à justiça que há na Lei” ele era “irrepreensível” (Fp 3.6). Ou seja, em certa época — à parte de uma percepção verdadeira da lei — ele estava se enganando de tal forma que pensava que estava espiritualmente vivo e justificado. Somente por meio da ação de convencimento do Espírito Santo sua consciência finalmente conseguiu compreender o mandamento e matar sua complacência autojustificadora. “Antes eu vivia sem a Lei, mas quando o mandamento veio, o pecado reviveu, e eu morri” (Rm 7.9).O QUE A PRÓPRIA LEI DIZ?Aqui há algo extraordinário, algo que os teólogos não podem ignorar se quiserem entender corretamente a intenção divina em relação à lei do Antigo Testamento. Paulo sabia pela sua experiência que ele precisava morrer para o legalismo, para o uso da lei como um meio de mérito próprio ou justificação diante de Deus. E, exatamente, onde e como Paulo aprendeu essa lição fundamental? Observe cuidadosamente o que ele diz em Gálatas 2.19: “Pois, por meio da Lei eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus”. Foi a própria lei que ensinou Paulo a não buscar a justiça e a aceitação de Deus por meio de obras da lei! A lei do Antigo Testamento nunca foi legalista em sua natureza e intenção, embora os judeus a tenham pervertido nesse propósito interesseiro.Eles simplesmente não perceberam que “o fim da Lei é Cristo, para a justificação de todo o que crê” (Rm 10.4). Paulo lamentou que “até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança […] até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu cobre os seus corações” (2Co 3.14,15).Paulo claramente classificou e incluiu a aliança mosaica — a aliança da lei, que tinha edificado um muro entre judeus e gentios e alienado os incircuncisos da “comunidade de Israel” — como parte integrante do que ele chamava de “alianças da promessa” (Ef 2.12). Havia muitas alianças (plural) no Antigo Testamento, mas todas eram administrações de uma promessa (singular) subjacente de Deus. Os teólogos podem até falar apropriadamente de “lei” e “graça” como rótulos convenientes para as duas administrações da aliança (que são, nova aliança e antiga aliança), mas a Bíblia afirma enfaticamente que as duas são administrações da graça (ou promessa) como o único caminho para aceitação diante dele. A aliança da lei foi uma manifestação da promessa de Deus, não de legalismo.A administração da lei da antiga aliança (ou a própria administração mosaica) não ofereceu uma forma de salvação nem tampouco ensinou uma mensagem de justificação que difere daquela encontrada no evangelho da nova aliança. Ao reconhecer que diante de Deus ninguém podia ser justificado (Sl 143.2), a antiga aliança prometeu justificação fundamentada no nome: “O SENHOR é a Nossa Justiça” (Jr 23.6). O testemunho da antiga aliança era que a justiça tinha de ser imputada, até mesmo ao grande pai dos judeus, Abraão (Gn 15.6; v. Rm 4.3; Gl 3.6). Por conseguinte, a literatura do Antigo Testamento fornece evidências suficientes de que os santos de Deus eram pessoas de fé (v. Hb 11). Paulo compreendeu muito claramente que o próprio Antigo Testamento ensinava que os justos viveriam pela fé (He 2.4; v. Rm 1.17; Gl 3.11). O profeta Isaías proclamou: “Mas no Senhor todos os descendentes de Israel serão considerados justos e exultarão” (Is 45.25); e mais adiante: “Esta é a herança dos servos do SENHOR, e esta é a defesa que faço do nome deles, declara o SENHOR” (54.17).Se permitirmos que a Bíblia se interprete a si mesma e não introduzirmos nessa interpretação uma antítese teológica preconcebida entre a nova e a antiga aliança (lei2 e evangelho), somos levados a concluir que a antiga aliança — a lei de Moisés — foi uma aliança de graça que ofereceu salvação com base na graça por meio da fé, assim como o faz a boa nova encontrada no Novo Testamento. A diferença é que a aliança de Moisés ou da lei olhava para a frente, para a vinda do Salvador, administrando, assim, as alianças de Deus por meio de promessas, profecias, ordenanças rituais, tipos e prefigurações que anteviam o Salvador e sua obra redentora. O evangelho ou a nova aliança proclama a realização daquilo que a lei antevia, administrando a aliança de Deus por meio da pregação e dos sacramentos. A essência do relacionamento salvador de Deus e da aliança é a mesma sob a lei e o evangelho.As Escrituras não apresentam a aliança de Moisés ou da lei como fundamentalmente opostas à graça da nova aliança — uma perspectiva errônea (essencialmente dispensacionalista) que está no cerne de tantas convicções mal-orientadas sobre a lei hoje. Por exemplo, reflita sobre Hebreus 3—4. De acordo com o Novo Testamento, por que Deus estava insatisfeito com os israelitas a ponto de não permitir que entrassem na Terra Prometida?A resposta é que eles foram desobedientes (Hb 3.18), mas isso é a mesma coisa que dizer que lhes faltou fé (3.19)! Eles ouviram o evangelho pregado a eles assim como nós o ouvimos (4.2), mas eles falharam ao não aceitar a provisão prometida por Deus porque não tiveram fé (4.2) — ou seja, foram culpados de desobediência (4.6)! Não podemos jogar a fé contra a obediência na antiga aliança; elas são diferentes lados da mesma moeda, como na nova aliança (Tg 2.14-26).Por isso Paulo chegou a perguntar tão incredulamente: “Então, a lei opõe-se às promessas de Deus?” Será que a graça da aliança abraâmica deveria ser contradita pela lei revelada por Moisés? A resposta do apóstolo foi um categórico: “De maneira nenhuma!” (Gl 3.21). A lei nunca teve a intenção de ser um caminho para a autojustificação, como Paulo revela logo a seguir. Por intermédio do seu esforço autojustificador de ganhar mérito e favor diante de Deus por meio da obediência à lei, os israelitas não atingiram a lei de forma alguma (Rm 9.31)! E por que não? “Porque não a buscava[m] pela fé, mas como se fosse por obras” (v. 32).Se dermos ouvidos à própria lei, seremos demovidos da idéia de que a lei de Deus tinha a intenção de ser um caminho para o mérito próprio ou a autojustificação diante de Deus. A salvação pela graça da nova aliança é o florescimento, o desenvolvimento e a realização da promessa da graça prevista e anunciada na antiga aliança. “Pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas têm em Cristo o ‘sim’. Por isso, por meio dele, o ‘Amém’ é pronunciado por nós para a glória de Deus” (2Co 1.20). Na maior aula de Bíblia de todos os tempos, Cristo, “começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras” (Lc 24.27). Aliás, “Moisés foi fiel como servo em toda a casa de Deus, dando testemunho do que haveria de ser dito no futuro” (Hb 3.5). A lei mosaica não está em antítese com o evangelho de Cristo que foi proclamado posteriormente — assim como também não contradiz a promessa abraâmica que fora dada 430 anos antes (Gl 3.15-17). Cristo foi o foco e o alvo da lei de Moisés ou da antiga aliança (Rm 10.4), assim como o foi da aliança abraâmica e das promessas de antigamente.Paulo insiste em que a administração mosaica, a lei, não ab-rogou a promessa abraâmica, mas foi acrescentada “até que viesse o Descendente a quem se referia a promessa” (Gl 3.17,19) — isto é, foi acrescentada até a vinda de Cristo (v. 16). Antes da vinda de Cristo, o objeto da nossa fé, o povo de Deus estava “sob a custódia da Lei, nela encerrado” (v. 23). Isso significa que a lei se tornou “o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé” (v. 24). Observamos novamente que a teologia paulina vê a aliança mosaica — a lei — como apontando para Cristo e ela própria ensinando a mesma mensagem de justificação que o evangelho ou a nova aliança ensina.O aspecto da lei que mais distinguia a administração mosaica, e fazia esse papel de apontar adiante para Cristo, e a doutrina da justificação pela fé eram o que hoje muitas vezes chamamos de lei “cerimonial”, os rituais e ordenanças redentoras da antiga aliança (e.g., circuncisão, sacerdócio, templo, sacrifícios: v. Cl 2.11-13; Hebreus 7—10). O tutor ou mestre a que Paulo se refere em Gálatas 3.24,25 era a administração mosaica, “a lei”, especialmente na sua prefiguração cerimonial de Cristo. Das cartas de Paulo fica claro o seguinte: Paulo estava engajado em uma controvérsia teológica com os judaizantes, que insistiam na circuncisão (Gl 2.3,4; 5.2-4); ele escolheu como exemplo específico o calendário cerimonial da lei judaica (Gl 4.10); ele também fala daqueles “princípios elementares do mundo” (Gl 4.3,9) que Colossenses 2.16,17 descreve mais em detalhes como “sombras do que haveria de vir”, cuja realidade ou essência é Cristo; finalmente ele descreve a lei como governando os judeus e ensinando-lhes que a justificação vem por meio da fé em Cristo (Gl 3.24) — algo que não se consegue por meio de mandamentos morais como “não furtarás”, mas por meio de ordenanças sacrificais que vividamente ilustravam o caminho da salvação. Paulo insiste que agora que Cristo veio como objeto da nossa fé, já não estamos sob esse tutor, a lei mosaica (Gl 3.25). A administração mosaica, apropriada para o povo de Deus no estágio inicial do seu desenvolvimento e educação e contendo somente prefigurações pobres da redenção, agora deu lugar à liberdade madura dos filhos de Deus que depositam a fé no seu Filho (G 3.26; 4.1-7,9).Recapitulando, descobrimos que a própria lei da antiga aliança nos ensina a morrermos para o legalismo e o mérito próprio, visto que a lei, em concordância com a promessa abraâmica, olhou adiante para Cristo e ensinou a justificação pela fé. O evangelho não pode ser contraposto à lei no tocante à doutrina da salvação. Todavia, o evangelho é uma suplantação gloriosa e um avanço em relação à administração mosaica com as suas ordenanças cerimoniais. Ao passo que no estabelecimento da nova aliança não há mudança da natureza benevolente da salvação prometida e prefigurada nos dias de Abraão e de Moisés, há um desvanecer da administração e da ordem da antiga aliança (Hb 8.13). Precisamos ver ainda que as instruções morais encontradas na lei — os mandamentos de Deus revelados na antiga aliança — não foram colocados de lado com as instruções redentoras para a circuncisão, o sacerdócio, os sacrifícios e o templo.Greg L. BahnsenFonte: Lei e Evangelho, A Posição Reformada Teonomista. Ed. Monergismo.
Nota: O Livro completo encontra-se no Sitio Monergismo em PDF-http://www.monergismo.com/textos/livros/introducao-teonomia-debate_greg-bahnsen.pdf


domingo, 30 de agosto de 2015

AMOR CRISTÃO????


O pastor Walter Hoy é uma voz constante que se levanta na defesa dos cidadãos norte-americanos de pele negra. O articulista Charles Colson, cristão proeminente naquele país, informa que ele foi preso no ano passado por protestar em frente a uma das “clínicas de aborto”, que proliferam naquela terra. Hoy organizou a Fundação Questões da Vida (Issues for Life Foundation), contra o aborto generalizado que vem causando o que ele chama de “genocídio negro”.

Ele calculou que desde 1973, ano da controvertida autorização do aborto pela Corte Suprema Norte-Americana, 14.500.000 bebês afro-americanos foram assassinados pela prática do aborto. A cada dia 1.200 bebês são dizimados dessa forma e isso significa que metade das crianças negras concebidas são abortadas. Sua trágica conclusão é que, pelas estatísticas, uma criança negra está mais segura nas vizinhanças violentas de qualquer grande cidade ou gueto de pobreza e violência, do que no ventre de sua mãe!

Um outro dado, apresentado por Hoy, é que a abominável Ku Klux Klan, entre 1882 e 1968, matou 3.446 negros, e os bárbaros modernos atingem esse número em menos de três dias; mais do que aquela organização fora da lei matou em 86 anos! Os números ficam ainda mais cruéis quando levamos em conta que os afro-descendentes, nos Estados Unidos, compreendem 12% da população, mas 37% de todos os abortos daquele país são realizados em mulheres negras.

Considerando a taxa de natalidade da população negra, de 1,9% (abaixo da taxa de reposição, que seria 2,1), Hoy diz que em algumas décadas os afro-americanos serão uma raça em extinção.Colson lembra que as elites estão sempre prontas à promoção do aborto, como um procedimento simples e eticamente ascético; uma forma das mulheres melhorarem a qualidade de suas vidas. Mas a verdade feia e mesquinha é a que Hoy apresenta: o aborto está se tornando uma ferramenta racista, dizimando o seu povo.

É essa ferramenta genocida que os “esclarecidos” europeus e americanos se esforçam para divulgar e exportar para o terceiro mundo. É essa acolhida ao assassinato de infantes que muitos dos nossos legisladores e vários que integram o poder executivo querem implantar aqui no Brasil. Resista e proteste!
Fonte: O Tempora, O Mores


AMOR AO PROXIMO

Então, aproximou-se de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e, prostrando-se, fez-lhe um pedido. "O que você quer? ", perguntou ele. Ela respondeu: "Declara que no teu Reino estes meus dois filhos se assentarão um à tua direita e o outro à tua esquerda". Disse-lhes Jesus: "Vocês não sabem o que estão pedindo. Podem vocês beber o cálice que eu vou beber? " "Podemos", responderam eles. Jesus lhes disse: "Certamente vocês beberão do meu cálice; mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não cabe a mim conceder. Esses lugares pertencem àqueles para quem foram preparados por meu Pai". Quando os outros dez ouviram isso, ficaram indignados com os dois irmãos. Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos".  Mateus 20:20-28 (NVI – Nova Versão Internacional) Jesus já havia mostrado aos seus discípulos no Sermão da Montanha (Mt 5-7) que os valores do reino de Deus não são os mesmos que estão presente neste mundo corrompido e dominado pelo pecado. Tanto que as bens aventuranças é um manifesto de Jesus que contrapõe os valores do reino de Deus com aqueles presentes no mundo, como o arrependimento, a humildade, a misericórdia, a justiça, a pureza, a pacificação. O apóstolo Paulo fez uma advertência semelhante aos cristão que estavam em Roma, para que não se conformassem com o mundo, o jeito que ele está e a indiferença que se vive em relação a revelação de Deus por meio de Jesus, mas que houvesse uma profunda mudança de mente e atitude deles (Rm 12:1-2). A fé cristã combate o pensamento dominante de um mundo secular, arredio e distante de Deus, e nos convoca ao desenvolvimento de uma cosmovisão cristã, na qual Deus está reconciliando consigo o mundo através de Cristo (2 Co 5:19; Cl 1:20). Nesta cena, Jesus está repreendendo os seus discípulos que estão se estranhando entre si, pois obviamente há uma disputa de poder. Dois irmãos decidem acenar a Jesus o interesse de assumirem certo tipo de governança entre os demais, ocupar um lugar de honra e prestígio que os destacariam dos outros apóstolos. Novamente Jesus adverte os seus discípulos para a realidade da vida no reino de Deus, que entra em confronto direto com esse sistema de domínio e opressão que vivemos. Jesus os chama para olharem o modo como vivia e sua missão, para que obtivessem algum entendimento sobre o que é o reino de Deus e o que ele propõe – paz com Deus e vida com qualidade (Cl 1:21, Jo10:10). No reino de Deus o pecado não mais regula e distorce os relacionamentos, mas a imagem de Deus é redimida nos seus súditos.
Logo, a referência para a vida passa a ser o próprio Deus e não mais os abusos daqueles que exercem domínio, que oprimem. A imagem do Reino é de liberdade e contentamento, uma real possibilidade de ser tudo aquilo para o qual fomos criados (Gn 1:27). A reprodução do mal não é mais uma condicional que pesa sobre os nossos ombros. Como o reino de Deus é uma invasão a este mundo (Jo 3:16), todos aqueles que depõem as suas armas e se submetem ao Senhor deste reino (Jesus Cristo) tornam-se necessariamente em promotores dos valores que estão contidos nele, dos quais agora desfrutam (2 Co 5:17-20). Observem que a vida no reino de Deus tem essa viés de receber e compartilhar (Mt 10:8), não há espaço para a escassez e necessidade, todos que recebem tornam-se também doadores. Aqueles que recebem perdão devem perdoar (Mt 6:12,14-15), aqueles que recebem consolo devem consolar (2 Co 1:3-6), aqueles que recebem dons (poder) devem servir (Rm 12:4-8)... ou seja, o Reino é um lugar de contentamento, aonde todos são tratados com dignidade e no qual o papel do menor e do maior se confundem, pois todos são igualmente servidos. Jesus está tentando fazer seus discípulos entenderem a dinâmica desta nova vida que é oferecida aos cristãos. Logo, a qualidade com a qual vivemos está diretamente relacionada com o comprometimento que temos com os valores desse Reino (contidos no Evangelho) e com a promoção (testemunho de vida) dos mesmos. Assim sendo, seguem alguns conselhos dos primeiros cristãos que tinham a imagem de Jesus como alguém que passou pelo mundo fazendo o bem a todos (At 10:38): E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. (Gl 6:9) Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom... Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios... Compartilhem o que vocês têm com os santos em suas necessidades. Pratiquem a hospitalidade... Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram... Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior. Não sejam sábios aos seus próprios olhos... Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos. Façam todo o possível para viver em paz com todos... Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem. (Rm 12:9-21) Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. (Tg 2:17) Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade. (1 Jo 3:18). Fonte: Blog do Pedro - Reflexões sobre a vida cristã


VISÃO REFORMADA DE POLÍTICA


Muitas vezes olhamos para o mundo e pensamos: Não tem jeito. O que vemos? Vemos pessoas se alienando através da mídia, vemos pessoas passando fome, vemos jovens perdendo suas vidas com práticas que destroem seu corpo e sua mente. E não é só isso, vemos uma proliferação de igrejas corruptas, seitas apóstatas e crentes que ao verem tais situações se omitem. Muitos de nós pensamos: “é o fim dos tempos! É o sinal!” e não fazemos nada para mudar a situação, Afinal, é esta a vontade de Deus e estes são os teus planos! Eu também pensava assim, mas será que esta forma de pensar está correta?Desde o dia em que Jesus subiu aos céus, as pessoas aguardam ansiosamente a sua segunda vinda! Já se perdeu as contas de quantas vezes agendaram a segunda vinda (geralmente o fazem nos finais de século e milênio...)! Afinal, por que tanta vontade de ver Cristo novamente? Simples, desde Adão o mundo vive em uma “disposição mental reprovável” (Rm 1:28~32), de tal forma que sempre houve pecado, morte e desespero. Ao ver isto a igreja deve sim clamar por Cristo! Mas não devemos apenas clamar por Cristo, mas devemos também seguir o seu mandamento de sermos “Sal na terra” e “Luz no mundo”.

Ao ler um pouco sobre o ministério de Calvino em Genebra, no livro “Venha o Teu reino”, pude refletir um pouco sobre o mandamento de ser sal na terra. Conhecemos Calvino muito por sua brilhante teologia, mas pouco o conhecemos pelos seus feitos em Genebra. Vejamos primeiro como era a Genebra pré-calvino: Uma igreja corrupta, que literalmente vendia a salvação, uma situação desesperadora na área social e na área econômica e ainda havia a possibilidade de uma invasão a qualquer momento. Assim como hoje, e como sempre, o pecado reinava em todas as áreas da vida, e a apostasia era talvez, maior que a de hoje. Calvino simplesmente restaurou Genebra. Seu instrumento? A Palavra de Deus! Através das conversões, as pessoas ficaram mais interessadas em ler a palavra de Deus, de forma que as pessoas não só aprenderam a ler como ensinaram os seus filhos a ler e a perseverar nos caminhos de Deus.

Calvino erradicou a pobreza com propostas de distribuição de reino, e fixando a taxa de juros para 4%. Seu ministério foi marcado pela dissociação entre o estado e a igreja, sendo desta forma, um dos primeiros a efetivamente “instaurar” um estado laico (bem diferente do estado moderno, concordo). 

Ele ensinou as pessoas sobre como o evangelho é integral e faz parte de todas as áreas da vida, ensinando que Deus concedeu a cada um a sua vocação, e que cada trabalho é feito para a glória d’Ele, colocando em prática o que mais tarde seria chamado de ética protestante. As pessoas foram ensinadas a se defender, ao mesmo tempo que foram ensinadas que somente o Senhor dos senhores é que pode defendê-los! Calvino conseguiu resolver, no território de Genebra, muitos problemas que a maioria dos Humanistas e secularistas perdem o sono tentando resolver!

É claro que a estadia de Calvino como pastor de Genebra foi marcada de erros e acertos, e nem tudo durante o seu ministério foi bom. Mas é inegável o progresso que a cidade teve, e que o caso de Genebra foi um exemplo maravilhoso da transformação que a palavra de Deus e a atuação do Espírito Santo podem fazer em uma sociedade inteira!

Genebra foi a luz da Europa, brilhando em cima do monte, como a primeira cidade totalmente reconstruída sobre a égide do evangelho!Hoje em dia vemos a sociedade em decadência e pensamos é sinal do fim dos tempos, não tem mais concerto – A mesma desculpa dada por muitos cristão na época da reforma. Devemos ao exemplo de Calvino, ver a situação do mundo atual e clamar por Cristo, mas não apenas clamar, mas também Agir por Cristo. Devemos seguir o exemplo de Calvino e tentar reformar a nossa sociedade e a nossa igreja no Evangelho de Cristo! É possível? Com um mandamento de Deus de sermos sal e luz, e com o Espírito Santo ao nosso lado, quem poderá dizer que é impossível?
Fontes: Venha o Teu reino, da editora Jocum. Calvino e a resistência ao estado, de Armando A. Silvestre, editora Mackenzie.


VISÃO REFORMADA DE POLÍTICA

"Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: “Não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro”, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem”. Colossenses 2.20-22Mundo, no Novo Testamento, às vezes significa o mesmo que no Velho Testamento, a saber, esta terra, a boa ordem natural que Deus criou. Comumente, porém, significa a raça humana como um todo, agora caída em pecado e desordem moral, tornando-se radicalmente anti-Deus e má. Ocasionalmente, os dois sentidos parecem mesclar-se, de sorte que afirmações sobre o mundo carregam a complexa nuança de pessoas perversas incorrendo em culpa e vergonha por seu mau uso das coisas criadas. Os cristãos são enviados ao mundo por seu Senhor (Jo 17.18) para testemunhar acerca do Cristo de Deus e seu reino (Mt 24.14; cf Rm 10.18; Cl 1.6,23) e para atender a suas necessidades. Mas, devem fazer isso sem cair vítimas de seu materialismo (Mt 6.19,24,32), sua indiferença a respeito de Deus e da vida futura (Lc 12.13-21), e a busca altiva do prazer, lucro e posição com exclusão de qualquer outra coisa (1 Jo 2.15-17). O mundo é, no presente, reino de Satanás (Jo 14.30; 2 Co 4.4; 1 Jo 5.19; cf. Lc 4.5-7), e a perspectiva e fixação das sociedades humanas refletem mais o orgulho visto em Satanás do que a humildade vista em Cristo. Os cristãos, como Cristo, devem agir com empatia em relação às ansiedades e necessidades das pessoas, para servi-las e comunicar-se eficazmente com elas. Devem faze-lo, porém, com base em um desinteresse pelas motivações deste mundo, pelo qual estão de passagem momentânea em demanda do lar celestial, e no qual seu sincero propósito deve ser o de agradar a Deus (Cl 1.9-12; 1 Pe 2.11). O retiro monástico para afastar-se do mundo não é sancionado (Jo 17.15), nem o é tampouco o mundanismo (isto é, qualquer incorporação da auto-absorção terrena das pessoas deste mundo: Tt 2.12). Jesus estimula seus discípulos a equiparar-se à engenhosidade das pessoas mundanas no uso de seus recursos para favorecer suas metas, porém especifica que suas próprias metas não devem apoiar-se na segurança terrena, mas na glória celestial (Lc 16.9). A primeira exigência de Deus para os cristãos neste mundo é que sejam diferentes dos que vivem à sua volta, observando os preceitos morais de Deus, praticando o amor, evitando a licença indecente e não perdendo sua dignidade como portadores da imagem de Deus em razão de qualquer forma de auto-indulgência irresponsável (Rm 12.2; Ef 4.17-24; Cl 3.5-11). Requer-se uma ruptura completa com os sistemas de valores e estilos de vida do mundo, como base para praticar a similitude com Cristo em termos positivos (Ef 4.25-5.17). A tarefa designada ao cristão é tríplice. O principal mandato da igreja é a evangelização (Mt 28.19,20; Lc 24.46-48), e cada cristão deve procurar, por todos os meios, promover a conversão dos incrédulos. O impacto da mudança na própria vida do cristão será significativo (1 Pe 2.12). O amor ao próximo deve também levar constantemente o cristão a ações de misericórdia de todos os tipos. Mas, além disso, os cristãos são convocados para cumprir o “mandato cultural” dado por Deus à raça humana na Criação (Gn 1.28-30; Sl 8.6- 8). O homem foi feito para administrar o mundo de Deus, e esta administração é parte da vocação humana em Cristo. Ela exige trabalho fatigante, tendo como alvo honrar a Deus e prover o bem-estar dos outros. Este é o real “trabalho ético” protestante. Ele é essencialmente uma disciplina religiosa, o cumprimento de um “chamado” divino. Sabendo que Deus em sua benignidade e clemência continua, em face do pecado humano, a preservar e enriquecer seu mundo errante (At 14.16,17), os cristãos devem envolver-se em todas as formas de atividade humana lícita, e fazendo isto em termos do sistema de valores e visão da vida cristã, tornar-se-ão sal (um preservativo que faz as coisas melhores ao paladar) e luz (uma iluminação que mostra o caminho a seguir) na comunidade humana (Mt 5.13-16). Assim, à medida que os cristãos cumprem sua vocação, o Cristianismo se torna uma força cultural transformadora.
Autor: J. I. Packer, Fonte: Teologia Concisa, Ed. Cultura Crista. http://www.cep.org.br