sábado, 4 de novembro de 2017

OS CINCO SOLAS DA REFORMA

OS CINCO SOLAS DA REFORMA

Em primeiro lugar, a fé e a pratica reformada reafirma os famosos cinco “solas”  que a principio foram formulados pelos luteranos como expressão condensada da grande reforma realizada por Martinho Lutero no século XVI.
Os cinco “solas” da reforma também chamados de “Declaração de Cambridge” se resume em:  “Sola Scriptura – Somente as Escrituras, Sola Fide – Somente pela Fe, Solus Christus – Somente Cristo, Sola Gratia – Somente a Graca, Soli Deo Gloria – Somente gloria a Deus.
A palavra latina Solas significa “somente”. Os reformadores definiram cinco lemas usando essas palavras e suas variações.

A Fé Reformada que é a mesma fé apostólica busca manter corretamente entendido o ensino integral das Sagradas Escrituras. Não temos espaço aqui para desenvolver as ênfases específicas da Fé Reformada.

1.      SOMENTE AS ESCRITURAS – SOLA SCRIPTURA
A Bíblia antes da reforma religiosa do século XVI era conhecida somente pelos estudiosos da Igreja Católica que a utilizavam como bem entendiam. A Igreja defendia praticas totalmente estranhas a Palavra de Deus ensinado “doutrinas que são preceitos de homens” (Mc 7.7). O movimento da Reforma disse “não” a esse procedimento da Igreja Romana e afirmou Sola Scriptura, ou seja, somente cremos e praticamos o que a Bíblia ensina, somente a Bíblia deve ser a nossa regra de fé e pratica. Os reformadores se empenharam em traduzir a Bíblia para que todas as pessoas tivessem acesso a ela e pudessem julgar os ensinos da Igreja por meio do próprio estudo da Palavra. Muitas vezes não dar-se o devido valor ao fato de hoje termos a facilidade da Palavra de Deus impressa em nossa própria língua e não a estuda-se tanto quanto deve-se. Lembre-se: devemos ser guiados somente pelas Escrituras.
            Confissão De Fé De Westminster confirmando este ponto da Reforma protestante, no Capítulo I sobre as  - Da Escritura Sagrada diz:
I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.
Referências - Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.
II. Sob o nome de Escritura Sagrada, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho e do Novo Testamento, que são os seguintes, todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de fé e de prática.
A Confissão de Fé Belga em meio à muita resistência da Igreja Romana na época publicou: “Cremos e confessamos que a palavra de Deus não foi enviada nem produzida "por vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo", como diz o apóstolo Pedro (2 Pedro 1:21). Depois, Deus, por seu cuidado especial para conosco e para com a nossa salvação, mandou seus servos, os profetas e os apóstolos, escreverem sua palavra revelada. Ele mesmo escreveu com o próprio dedo as duas tábuas da lei. - (CFB-ART. 3).
A Bíblia é a revelação da vontade e da pessoa de Deus. “o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor” (Dt 8.3). Mas as pessoas tentam por natureza viver de pão apenas sem aquela Palavra; eles tentam viver pela sua própria sabedoria (cf. Sl. 36.1-4). A verdade, entretanto, é que homem nenhum pode viver sem a luz da revelação especial de Deus. Isto era verdade para o primeiro homem criado, Adão, mesmo antes de ele cair em pecado ao negar a luz de Deus e desobedecê-LO. Adão, embora criado perfeito e com a lei de Deus inscrita em seu coração, mesmo assim necessitava de que uma luz exterior brilhasse sobre ele para habilitá-lo a andar de acordo com as ordens de Deus. Adão ainda necessitava de que Deus falasse com ele. Ele sabia muito, em virtude de ter sido feito à imagem de Deus, mas ainda necessitava da voz divina. E é também assim com todos os descendentes de Adão, gostem eles ou não de ouvir isto. Em Romanos 1.21, o apóstolo Paulo faz a surpreendente afirmação de que por natureza todos sabem a respeito da existência e poder de Deus devido ao Seu trabalho na criação do universo, e ainda assim rejeita e despreza essa luz que eles têm. Desde a queda da humanidade, a vontade humana foi grosseiramente pervertida. Cada um de nós, afastados da ação salvadora de Deus, quer seguir seu próprio caminho, ao invés do caminho de Deus. Este caminho, expresso na lei de Deus, é parte do íntimo do nosso ser. Ninguém pode escapar da consciência, a qual gera uma constante atividade de acusar ou desculpar. Mas a linha básica é que, afastados do trabalho regenerador de Deus, todos nós odiamos a lei de Deus porque somos descendentes do Adão caído (cf. Jo 3.19-20). Conseqüentemente, nossa única esperança é o Evangelho. Após declarar que o homem ama a escuridão, Jesus disse “Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas em Deus.” (Jo 3.21). As Escrituras Sagradas são “indispensáveis” porque somente através dela vem “aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação” (Confissão de Fé de Westminster I.1).
 Os cristãos precisam da Bíblia continuamente. Disse Jesus “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos;” (Jo 8.31).
Por outro lado, os crentes mostram-se serem felizes portadores da graça de Deus ao obedecer a Sua Palavra e andar na Sua luz.
A Bíblia está livre de erros, uma vez que foi entregue pelas mãos de Deus. O salmista diz o seguinte: “A lei do Senhor é perfeita... Os estatutos do Senhor são dignos de confiança... Os preceitos do Senhor são justos... O temor [objeto de referência, chamado, a Palavra de Deus] do Senhor é puro” (19:7-9). A ultima característica significa “sem defeito”. Será que nós imaginávamos de outra forma, sabendo que a Bíblia é o sopro de Deus? (Ref. 2 Tim. 3:16, “Toda escritura é inspirada por Deus” e 2 Pe. 1:21, “Pois a profecia nunca teve sua origem na vontade humana, mas os homens falaram de Deus sendo levados pelo Espírito Santo.”- O verbo grego para “sendo levados” algumas vezes descreve o efeito que o vento faz em um barco a velas.). A Bíblia não caiu do céu. Homens escreveram, mas com sua forma de escrita, com toda variedade de vocabulário e estilo próprio, o Espírito Santo, pela sua palavra e exposição, foi determinante para o resultado da Palavra. Os autores humanos foram levados pelo seu poder, assegurando que o produto seria sem defeito. Conseqüentemente, como a Fé Reformada insiste, a Bíblia é infalível e absolutamente digna de confiança.
A Bíblia é clara e isso é fruto de sua inerrância. Salmo 19:8 diz, “Os mandamentos do Senhor são radiantes, trazendo luz aos olhos.” A analogia (trazer luz) é: sem mácula, pura, que não se mistura com outro material conflitante ou controverso. A Bíblia não seria clara se houvesse uma mistura de verdades e erros. Isso não quer dizer que tudo o que contém na Bíblia está igualmente formado. Existem doutrinas nas Sagradas Escrituras que confundem a mente. Nos sabemos o que a doutrina da Trindade não significa (a igreja primitiva gastou centenas de anos para definir as “explicações”!). Nós sabemos como a Bíblia nos apresenta esse assunto: existe um só Deus; esse Deus único existe em três pessoas; cada pessoa é distinta. As crenças reformadas não declaram poder esclarecer isto. Mas eles firmemente crêem nisto. Não há uma necessidade para que “experts” no assunto, nos guiem através “caminhos obscuros”. Pois como diz nossa confissão de fé: “Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas e observadas para a salvação, em um ou outro passo da Escritura são tão claramente expostas e explicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente compreensão delas.” (CFW, I-7).
            Para facilitar a compreensão do leitor elaboramos um questionário com perguntas e respostas, o qual segue:
1) O que é a Bíblia e qual o significado?
É um conjunto de  livros. Significa que a reunião de vários livros em um só.
2) O que são as Santas Escrituras?
É a Palavra revelada por Deus a homens por inspiração divina
3) O que é Canon Sagrado?
Medida certa. Isso significa que tomada no contexto cristão são todos os livros totalizados para fazer parte da Escritura Sagrada, ou seja, da Bíblia
4) Em que língua foi escrita  a Bíblia e quem traduziu para o português?
A Bíblia originalmente foi escrita em Hebraico o Velho Testamento e o Novo em Grego. Ela foi traduzida para o português pela primeira vez por João Ferreira de Almeida em 1681.
5) Quem traduziu os primeiros tetextos originais da Bíblia?
Jerônimo, ou São Jerônimo como é conhecido em 400 AD.,  traduziu dos originais grego e hebraico para o latim, chamado também de vulgata latina
6) Existe diferença entre a versão católica romana para a Bíblia Evangélica?
Não, porem existe na Bíblia católica um acréscimo de sete livros do Velho Testamento, os quais foram considerados pelos reformadores como apócrifos.
7) Quais os livros acrescentados pela Igreja Romana e por que acrescentaram?
Tobias, Judite, Macabeus I e II, Sabedoria, Baruc e Eclesiástico. São livros históricos e poéticos, nos quais existem muitas passagens que defendem tradições católicas romanas, como ensino sobre anjo da guarda Rafael em Tobias e oração pelos mortos em Macabeus. A Igreja Católica acrescentou esses livros ao Canon no concílio de Trento, no dia 15 de abril de 1546
8) Qual é o ensino fundamental da Bíblia?
Revelar o Plano eterno e salvífico em Cristo. Mas para o homem não regenerado, são como a luz para o cego (Catecismo Maior da Igreja Presbiteriana- ver CM pergunta 5 e Breve Catecismo, perguntas 2 e 3)
9) O que é inspiração e como ela se deu para escrever as Santas Escrituras?
Influência supernatural ou supranatural do Espírito de Deus, agindo nos espíritos dos escritores sacros, chamada ‘inspiração’; o qual os acompanhou uniformemente em tudo quanto escreveram. (Ver CF item II)
Há de explicar um pouco porque a Bíblia das edições católicas romanas existem sete livros a mais das Bíblias das edições protestantes.
A pergunta de número (7) sete do nosso questionário sobre as Escrituras já nos dá uma pista muito clara do acréscimo. Mas cabe aqui uma explicação. A.A. Hodge ao explicar esta parte da confissão de fé diz:
Esses livros não têm direito a um lugar no cânon, prova-se pelos seguintes fatos: (1.) Nunca fizeram parte das Escrituras hebraicas. Sempre foram rejeitados pelos judeus, a quem foi confiada a guarda das Escrituras do Velho Testamento. (2.) Nenhum deles jamais foi citado por Cristo ou pelos apóstolos. (3.) Jamais fizeram parte da lista dos livros canônicos feita pelos Pais antigos; e mesmo na Igreja Romana, sua autoridade não foi aceita pelos homens mais eruditos e piedosos, até após a elaboração de um artigo de fé pelo Concílio de Trento, final do século dezesseis. (4.) A evidência interna apresentada por seu conteúdo refuta suas reivindicações. Nenhum deles justifica qualquer argumento em favor da inspiração; ao contrário, o melhor deles a elimina. Alguns deles consistem de fábulas pueris e inculcam maus costumes”. (HODGE: 1998, p.10).
Falando sobre os Apócrifos diz Reverendo Adão Carlos, (São Paulo: CEP, 1990, p.4):
 16. Por que a Bíblia “católica” tem 7 livros a mais do que a “nossa” Bíblia?
R. Porque o concílio de Trento, no dia 15 de abril de 1546, anexou, por decreto, esses livros à Bíblia. Nós não aceitamos e a “nossa” Bíblia não os tem porque eles não tem  em as evidências externas nem as evidências internas de que são inspirados por Deus. A Igreja Católica Romana nos acusa de termos retirado 7 livros das Escrituras. No entanto, foi ela que os acrescentou à Bíblia, no concílio de Trento. Este concílio foi “a contra reforma”.
            Para conclusão deste capítulo vale aqui as observações e comentários de A.A. Hodge:
Que as Escrituras contêm um sentido tão claro, que tudo quanto é necessário ao homem saber, seja para sua salvação, seja para guiá-lo em seus deveres práticos, pode-se aprender dela; e - Que elas são destinadas ao uso pessoal, e são adaptadas à instrução tanto do indouto quanto do douto. Os protestantes admitem que muitas das verdades reveladas nas Escrituras, por sua própria natureza, transcendem a compreensão humana, e que muitas profecias permanecem intencionalmente obscuras até que sejam esclarecidas pelo seu cumprimento na evolução da história. Não obstante, os protestantes afirmam, e os romanistas negam – (1.) Que cada artigo essencial de fé e regra de prática pode ser claramente deduzido da Escritura; e (2.) Que pode-se seguramente admitir que cada cristão particular e inculto interprete pessoalmente a Escritura. Em contrapartida, é verdade que, com o avanço histórico e crítico do conhecimento, e por meio das controvérsias, a Igreja como uma comunidade tem feito progresso na acurada interpretação da Escritura e na plena compreensão de todo o sistema de verdade ali revelado”. (IBID: 1998, p. 16).
Uma das frases célebres que marcou a vida do reformador Martinho Lutero foi: “Da mesma forma como vamos até o berço tão-somente para encontrar um bebê, também recorremos às Escrituras apenas para encontrar Cristo”.  Neste sentido, o primeiro passo do progresso na vida do crente é encontrar na Bíblia a salvação em Cristo. Por outro lado, a única fonte visível desta certeza da salvação em Cristo é encontrada na Bíblia. Além disso, temos as promessas e garantias que são feitas por Deus. Os cristãos precisam tê-las gravadas em suas mentes. E foi para isto que a bíblia foi escrita.  Na epístola de João vemos: “Escrevi-lhes estas coisas, a vocês que crêem no nome do Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna.” (1João 5.13).
Um dos mais importantes sermões de John Wesley  sobre a Bíblia ele diz: “Quero conhecer uma coisa: o caminho para o céu... O próprio Deus dignou-se a ensinar o caminho... Ele o escreveu em um livro. Oh, dá-me esse livro! A qualquer preço, dá-me o livro de Deus!”.
O estudo e leitura da Palavra de Deus são tão importantes para o progresso na vida do crente que o próprio Jesus afirmou: “Se vocês permanecerem em mim e as minhas palavras em vós pedirão o que quiserem, e lhes será concedido”. (João 15.7). Isto significa que a leitura e o estudo da Palavra de Deus é o modo em que a Palavra de Deus permanece em nós, concedendo-nos poder  na oração, no discernimento e familiarização com a vontade de Deus para nossa vida.
Infelizmente a maioria dos cristãos crê que estão “ocupados demais” nos seu dia-a-dia, para revigorarem a mente com a Palavra de Deus. O que não percebem é que ter tempo é uma questão de estabelecer prioridades e preferência, e que em longo prazo, um momento devocional não custaria  nada, pois o restante do dia será com certeza mais proveitoso, do que se negligenciasse a leitura bíblica.
Portando reserve parte do seu tempo diário para leitura, meditação e estudo da Palavra, pois certamente você terá muito progresso na sua vida.
Assim, podemos concluir com alguns jargões que são reais em seus significados: leia a Bíblia para ser sábio, creia na Bíblia para ser salvo, pratique a Bíblia para ser santo.
Deus deixou sua Palavra, a Bíblia Sagrada ao seu povo para que, por meio dela seu povo viesse a alimentar-se espiritualmente. Da mesma forma como Deus enviava o pão dos céus ao israelitas quando peregrinavam em direção à terra prometida, hoje o Senhor continua enviando alimento espiritual, através de sua palavra enquanto peregrinamos nesta terra em direção ao lar celestial.
            Abaixo seguem-se sete motivos para nós, cristãos lermos sua Palavra a cada dia.
1. Ela nos tornará cristãos mais fortes
            Ninguém deseja ser fraco, quer seja física ou espiritualmente. Os “jovens” de 1João 2.14 já não eram mais “filhinhos”, eram fortes, porque a Palavra de Deus permanecia neles e eles haviam vencido o maligno. Isto significa que haviam se alimentado da Palavra de Deus e não estavam mais sendo constantemente derrotados pelo pecado e pelas tentações. Existe somente um modo para se crescer e fortalecer-se espiritualmente: a leitura e o estudo da Palavra de Deus.
            Geralmente as pessoas que fracassam espiritualmente  têm um denominador em comum: a negligência da leitura da Palavra de Deus. Todos estes fracassos (e conseqüente infelicidade) poderiam ter sido evitados, se houvessem aprendido a ler e estudar a Palavra de Deus constantemente.
2. Ela nos dará certeza da salvação
            A primeira  necessidade de um cristão é adquirir certeza absoluta de sua salvação. Ela as vezes parece boa demais para ser verdade. Por isso uma das primeiras dificuldades que um novo convertido encontra, depois que se afasta um pouca da pessoa que o conduziu a Cristo, é abrigar algumas dúvidas a respeito da salvação. A única fonte visível desta certeza é a Bíblia. Mas de que vale ela, se ele não a lê? As promessas e garantias que são feitas por Deus serão de pouco valor, se permanecerem encerradas entre as páginas da Bíblia. Os cristãos precisam tê-las gravadas em suas mentes. E foi para isto que a bíblia foi escrita.  Notemos 1João 5.13: “Escrevi-lhes estas coisas, a vocês que crêem no nome do Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna.”
            O cristão que tem uma certeza sólida que é filho de Deus, que Ele é o seu Pai celestial, possui as bases para viver uma vida cristã sadia. A grande maioria das pessoas que vivem sobrecarregadas de temores, preocupações e outras fraquezas emocionais, geralmente não em certeza da salvação e de que Deus está cuidando dela. Ninguém poderá ter certeza das coisas de Deus enquanto se limitar aos seu próprios pensamentos, pois como a Bíblia ensina, o conceito de Deus não vem pelo muito pensar, mas pela “sabedoria de Deus” - a Bíblia (1Co 1.21). A Bíblia também afirma que “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e incorrigível. Quem o entenderá? (Jr 17.9). Se alguém deseja a certeza da salvação, então deve começas a ler a Bíblia regularmente - é a única fonte de onde pode-se obtê-la.

3. Ela nos dará confiança e poder na oração
            Quando você se torna um cristão, passa a ter um relacionamento com Deus, e esse relacionamento inclui um diálogo. Mas como sabemos que Ele nos ouve? Porque Ele afirma em sua Palavra, em inúmeros textos. A passagem de 1João 5.14,15 ensina que podemos orar com a confiança de que Ele nos ouve. Em João 15.7 o Senhor Jesus promete: “Se vocês permanecerem em mim e as minhas palavras em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido”. Isto significa que a leitura da Palavra de Deus (que é o modo que a Palavra de Deus permanece em nós) nos concede poder na oração, pois ao estudarmos sua Palavra, ficamos familiarizados com a vontade de Deus, e consequentemente aprendemos a orar com eficácia.
4.      Ela nos capacitará a testemunharmos de nossa fé
            A maioria das pessoas que encontramos, desconhecem quase que totalmente os conceitos bíblicos. Muitas têm dúvidas ou indagações, e precisam de orientação de alguém que conheça a Bíblia. Atualmente a maioria dos cristãos, são superficiais com relação ao conhecimento da Palavra de Deus, desta forma, isto gera também um testemunho superficial. É dever de todo cristão ter um conhecimento básico da Palavra de Deus e saber explicá-la.  Como sua Palavra nos diz: “...estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vocês, fazendo-o todavia com mansidão e temor” (1 Pe 3.15,16). O único modo de responder ao que nos indaga e ao que zomba ou ao pesquisador sincero que busca o conhecimento da verdade, é nos prepararmos por meio da leitura e estudo diário da Bíblia.
            Ninguém pode transmitir aos outros aquilo que não sabe. Quase todo o crente dar fruto, e testemunhar de Cristo a outros de maneira positiva, mas isto é totalmente impossível se ele não tiver, pelo menos, um conhecimento elementar da Palavra de Deus. A Bíblia afirma que o Espírito Santo nos fará lembrar da Palavra de Deus no momento oportuno (Jo 14.26), porém como o Espírito nos lembrará daquilo que não lemos?

5. Será uma garantia de sucesso e nos orientará nas decisões da vida.
            Todo mundo quer ter sucesso na vida. É por isso que os livros que ensinam como vencer na vida são tão populares hoje em dia. Ninguém leria um livro que ensinasse a fracassar. Há uma interessante passagem bíblica em Josué 1.8: “Não cesses de falar deste livro da lei; antes media nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo a tudo quanto nele está escrito; então farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido”. A meditação diária da Palavra de Deus produz sucesso. E certamente assim aconteceu com Josué.
            A Bíblia também nos orienta a tomarmos decisões com sabedoria, conforme o Salmo 119.105: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho”. Os princípios de Deus nos servem de guia, quando temos de tomar decisões.   
            Examinando o Salmo 1, encontramos a fórmula para uma vida bem sucedida: “bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta à roda dos escarnecedores. Antes o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita dia e noite. Ele é como árvore plantada junto à corrente de águas, que no devido tempo, dá o seu fruto, cujas folhas não caem. Tudo o que fizer prosperará”.
            Infelizmente a maioria dos cristãos crêem que estão “ocupados demais” nos seu dia-a-dia, para revigorarem a mente com a Palavra de Deus. O que não percebem é que ter tempo é uma questão de estabelecer prioridades e preferência, e que a longo prazo, um momento devocional não custaria  nada, pois o restante do dia será com certeza mais proveitoso, do que se negligenciasse a leitura bíblica.